O boletim da covid-19 revelou a inclusão de 94 novos casos confirmados de covid-19, nesta quinta-feira (19). O dado aponta que o número de contágios continua subindo, e que a média móvel* está em uma nova subida. Segundo o gráfico da Fundação Municipal de Saúde (FMS) até quarta-feira, a variação nos últimos sete dias representou acréscimo de 8,9% nos novos contágios. No período de 14 dias, que os especialistas usam como parâmetro para análise mais precisa da pandemia, o aumento foi de 74,6%.
O município tem 8.272 casos confirmados até o momento, dos quais 5.112 são considerados recuperados e 2.960 estão em isolamento domiciliar. No entanto, o número de internamentos também aumentou. Uma semana atrás, Ponta Grossa tinha nove pessoas em leitos de enfermaria e 10 em leitos de UTI. Nessa quinta-feira eram 19 em leitos de enfermaria e 14 em leitos de UTI.
Com isso, dos 30 leitos de UTI na Ala Covid do Hospital Universitário, 19 estavam em uso (20 no início da noite, segundo atualização do HU). Na enfermaria, todos os 25 leitos estavam ocupados. O HU é referência no internamento de casos de covid-19 para toda a região.
Comparativo
O aumento no número de casos não é exclusividade de Ponta Grossa. As estatísticas oficiais sugerem que esteja ocorrendo no Paraná, em vários outros estados, e no Brasil de uma forma geral. No entanto, a FMS afirma que ainda não se trata da segunda onda da doença, mas sim de picos relacionados ao período eleitoral, e ao descuido em relação a cuidados como o distanciamento social. Também houve recentemente dois feriados prolongados, além de uma diminuição de restrições nos setores de comércio e serviços.
152º óbito
Pela manhã, o óbito de número 152 foi informado pela FMS. A vítima é um homem de 59 anos, pai de dois filhos, morador do Bairro Uvaranas. De acordo com a prefeitura, ele tinha comorbidades. O exame RT-PCR teve resultado positivo em 2 de novembro, e o óbito ocorreu na quarta-feira, no setor de pronto-atendimento do HU.
O que é média móvel
A média móvel de casos pode ser obtida realizando a soma de diagnósticos obtidos em um dia e nos seis dias que o antecederam. Em seguida, o resultado é dividido por sete. O valor apresenta um parâmetro mais real do número de testes realizados, porque reduz a variação ocasionada pelo represamento de resultados laboratoriais, por exemplo. A metodologia vem sendo usada pelas principais pesquisas relacionadas à covid-19.