O ano de 2019 está sendo um dos mais quentes e secos da série histórica. Mesmo com a previsão de chuvas para o sul do Brasil, Ponta Grossa segue, segundo dados do Simepar, com um dos menores percentuais de umidade relativa do ar no estado (52%).
Como aponta o chefe de Urologia do Hospital Universitário da UEPG, Eduardo Bacila de Sousa, o clima quente e seco requer cuidados específicos com a hidratação. “Nesse tempo, perde-se mais água por meio da transpiração, além de haver a predisposição para processos alérgicos. É preciso reforçar a hidratação”, destaca.
O médico explica ainda que 70% do corpo humano é composto por água. “Existem algumas situações especiais que exigem o aumento da ingestão de líquidos, como a infecção urinária, em mulheres. Quem tem a predisposição para a formação de pedras no rim também deve estar atento à hidratação adequada”.
Bacila afirma que no caso dos cálculos renais, o tempo quente aumenta a incidência de cólicas, o que acontece, muitas vezes, por conta da desidratação. “A partir da mudança de temperatura, eu percebo que tenho mais sede e preciso tomar mais água, ou então tenho cólicas no rim”, conta André Brusamarello, que sofre com cálculos renais.
Ainda segundo Bacila, não há uma fórmula específica para a quantidade de água que cada um deve ingerir. “A quantidade de água que deve ser ingerida por cada pessoa depende do peso, sexo, idade e fatores de saúde. Uma mulher de 50 quilos precisa ingerir uma quantidade diferente de água do que um homem que pesa 150 quilos”, exemplifica.
O urologista alerta para algumas situações em que há a restrição de líquidos, como no caso de incontinências urinárias. “Cada caso demanda uma conduta diferente. É preciso se hidratar, de acordo com cada necessidade específica”, ressalta.