Entrou em vigor no dia 3 de agosto uma resolução nacional que determinava que os produtores de de combustíveis deveriam se adequar a novas especificações para a composição da gasolina, que prometem um maior desempenho para os veículos. A partir deste dia as distribuidoras teriam mais 60 dias para se adequarem e os postos mais 90 dias – e, a três dias do fim do prazo (1º de novembro), a “nova” gasolina ainda não é encontrada em todos os postos de Ponta Grossa.
A reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais entrou em contato com sete redes de postos de combustíveis, que somam 33 unidades na cidade. Mais de um terço (36,3%) destes postos (3 redes) afirmou que ainda não recebeu o combustível com a nova especificação e que não tem previsão de quando isso deve ocorrer. Em contrapartida, os outros 21 postos de quatro redes alegaram possuir o produto já em agosto.
Nova gasolina
Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) A revisão da especificação da gasolina automotiva contempla, principalmente, três pontos: valores mínimos para a massa específica, “o que significa mais energia e menos consumo” segundo a ANP; valor mínimo para a temperatura de destilação, que afeta questões como desempenho do motor, dirigibilidade e aquecimento do motor de acordo com informações da entidade; e a fixação de limites para a octanagem RON. “A fixação de tal parâmetro mostra-se necessária devido às novas tecnologias de motores e resultará em uma gasolina com maior desempenho para o veículo”, explica a Agência Nacional.
35 reajustes no ano
Nesta semana a Petrobras fez o 35º reajuste do ano no preço de venda da gasolina nas refinarias; entre eles, dezesseis foram aumentos e dezenove foram diminuições – o mais recente, que passou a valer na última terça (27), recuou 5%.
Mesmo com a mudança, em Ponta Grossa o preço médio do combustível alcançou o segundo maior patamar do ano, atrás apenas da média de janeiro. Enquanto que segundo levantamento da ANP no primeiro mês de 2020 o preço médio do litro era de R$ 4,30 na cidade, valor que caiu mês a mês até maio (R$ 3,33) e subiu progressivamente desde junho, no início da tarde desta quinta-feira a plataforma Menor Preço, do programa Nota Paraná, apontava que o combustível podia ser achado desde por R$ 3,95/L até R$ 4,60/L, resultando em uma média de R$ 4,27 o litro.
