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Geração de emprego em PG retrai 70%

Patrícia Biazetto

 

A geração de empregos em Ponta Grossa no ano passado retraiu 70% em relação ao ano anterior. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados ontem. Foram gerados no ano passado 1,5 mil postos de trabalho com carteira assinada na cidade, contra 4,9 mil em 2011.

Dos empregos gerados no ano passado, a maioria foi gerado pelo comércio, com 939 postos de trabalho, seguida pela indústria da transformação (596 vagas), administração pública (308), construção civil (114) e serviços industriais de utilidade pública (66). Em contraposto, o setor que fechou o ano com saldo negativos de empregos, ou seja, as demissões superando as contratações, foi a agropecuária (-82) e o setor de serviços (-430).

Na comparação dos números de 2012 em relação a 2011 é possível verificar que houve uma queda acentuada na geração de empregos em cinco setores. O setor de serviços, por exemplo, fechou o ano passado com saldo negativo de empregos (-430 postos) e, no anterior, com 1,4 mil postos de trabalho. A construção civil também teve uma queda marcante na geração, de 78%, passando de 523 vagas em 2011 para 114 em 2012. O desempenho do comércio também foi menor no ano passado. Foram 1,4 mil postos em 2011 e 939 em 2012. Já a abertura de vagas na administração pública reduziu 67%.

Para a coordenadora regional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Indianara Milléo, a chegada de produtos importados no Brasil reflete a queda na geração de empregos. “Muitos consumidores estão optando por produtos importados, que tem qualidade, do que pagar o dobro no Brasil. As empresas estão sofrendo o impacto disso, a exemplo das indústrias de vestuário, que não visualizam o mercado interno competitivo. Hoje, qualquer empresa no Brasil tem altos encargos tributários e o governo precisa rever isso”, cita. Com relação à construção civil, ela acredita que faltam profissionais qualificados, já que há vagas disponíveis. A reportagem do Diário dos Campos também entrou em contato com o secretário Municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, Álvaro Scheffer, e com o presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), Sérgio Leopoldo, mas não obteve retorno das ligações.

Os dados do Caged mostram também que por Estado, os que tiveram mais desligamentos no mês foram São Paulo (551,7 mil), Minas Gerais (57 mil) e o Paraná (43,2 mil).

 

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Mercado

Ministro projeta 2 milhões de postos para 2013

No âmbito nacional, a criação de empregos em 2012 foi a pior em três anos, com a geração de 1,3 milhão de postos formais até dezembro. O resultado é 33% inferior do que o verificado em 2011, quando foram gerados 1,9 milhão de empregos. “Os números do Caged não são absolutos, não contabilizam os empregos temporários, por exemplo, que são expressivos.  Essa queda na geração de empregos formais decorre dos efeitos da crise financeira internacional, que gerou um desaquecimento no mundo inteiro. O Brasil, mesmo assim, conseguiu responder aos efeitos gerando um saldo positivo. Ainda que não como nos anos anteriores, atendemos ao crescimento da População Economicamente Ativa (PEA)”, explicou o ministro do Trabalho, Brizola Neto.Segundo ele, a geração de empregos deverá ser retomada em 2013, com a criação média anual de 2 milhões de postos, favorecida por desonerações no setor de energia e das folhas de pagamentos, por isenções de impostos e pela queda da taxa de juros.

 

Arquivo DC
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Retração de empregos na construção civil foi de 78% em 2012 na relação com o ano anterior, conforme os dados do Caged

 

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