A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem oficialmente seis mudanças ministeriais. Com isso, Dilma tenta amenizar a crise com integrantes da base aliada no Congresso. Ela deu preferência às legendas que ameaçavam aderir ao Blocão de deputados insatisfeitos, que tem imposto derrotas ao Planalto na Câmara.
As mudanças ocorrem nos ministérios do Desenvolvimento Agrário, das Cidades, da Pesca e Aquicultura, da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Turismo.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário, atualmente ocupado por Pepe Vargas, será assumido pelo ex-presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, que já ocupou a pasta no governo Lula. Na pasta das Cidades, o vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, substituirá o atual ministro Aguinaldo Ribeiro.
Clelio Campolina Diniz, reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), será o novo titular da Ciência e Tecnologia no lugar de Marco Antonio Raupp. Já o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) ocupará o ministério da Pesca e Aquicultura, atualmente conduzido pelo também senador Marcelo Crivella, também do PRB fluminense.
A nomeação para o Ministério do Turismo foi a principal novidade na reforma. A presidente escolheu para a pasta o gerente de assessoria internacional do Sebrae, Vinicius Nobre Lages. O preferido da presidente era Ângelo Oswaldo, do PMDB de Minas Gerais. Mas o nome de Oswaldo não foi bem recebido pela cúpula do partido.
O PMDB também manteve o Ministério da Agricultura, que será ocupado Neri Geller, atual secretário de política agrícola da pasta. Geller tem bom trânsito na bancada do PMDB da Câmara. Ainda assim, as nomeações para as duas pastas consideradas cota dos deputados peemedebistas foram realizadas à revelia da bancada.
A posse dos novos ministros está prevista para segunda-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto. Os ministros que vão disputar as eleições deste ano devem sair do governo até o início de abril para poder se candidatar, conforme a Lei Eleitoral.
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Dilma anunciou ontem mudanças em seis Ministérios |