O Indicador de Clima Econômico da América Latina (ICE) recuou em abril, após registrar alta entre outubro de 2013 e janeiro de 2014, com os três subindicadores que o compõe se estabelecendo na zona desfavorável. Assim como na sondagem de janeiro, o ICE se fixou abaixo das médias históricas dos últimos dez anos.
O estudo indica que a queda no indicador se deu em sete dos 11 países monitorados pela sondagem. A avaliação em relação à situação atual piorou em sete, enquanto as expectativas foram piores em cinco países, diz o estudo.
Apesar da queda do ICE em relação a janeiro, Colômbia e Paraguai permaneceram na zona favorável. Passaram da zona favorável para desfavorável, Chile, Equador e México. Os outros dois países que experimentaram queda no ICE foram Brasil e Argentina, que já estavam na zona desfavorável.
A FGV ressalta o fato de que o Brasil destaca-se por registrar a maior queda do ICE entre os 11 países, com o indicador passando de 89 para 71 pontos, uma redução de 20%. Na série histórica iniciada em 1989, este é o pior índice desde janeiro de 1999, diz o estudo.
No questionário bianual de abril, quando os especialistas consultados pela sondagem destacam os principais entraves para o crescimento econômico dos países na situação atual, a partir de uma lista de dez tópicos, está a falta de competitividade internacional, que continua sendo, como nas outras sondagens, o problema mais citado como muito importante no grupo dos 11 países (a única exceção é a Bolívia).
Em segundo lugar, aparece a falta de confiança nas políticas do governo, (6 países) e, em seguida, inflação e falta de mão de obra qualificada (ambos em 5 países). No Brasil, os problemas avaliados como muito importantes são em ordem decrescente: falta de competitividade internacional, falta de confiança nas políticas do governo, inflação, déficit público e falta de mão de obra qualificada.
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O estudo indica que a queda no indicador se deu em sete dos 11 países monitorados pela sondagem |