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Produção industrial do Paraná cresce 14,2%


PRODUÇÃO
O índice no Paranáficou acima da média nacional

A produção industrial no Paraná superou a média nacional (10,5%), avançando 14,2% em 2010. Este é o melhor índice registrado desde 1992, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou o levantamento regional.  O índice é o quinto melhor entre as 14 regiões pesquisadas pelo Instituto. Destaque para o Espírito Santo (22,3%), seguido por Goiás (17,1%), pelo Amazonas (16,3%) e por Minas Gerais (15,0%). Pernambuco (10,2%) e São Paulo (10,1%) também cresceram próximos à média da indústria brasileira.

O crescimento da produção industrial pode ser explicado pelo desempenho de estados cujo parque fabril está ligado a setores de bens de consumo duráveis, pela recuperação das vendas externas das commodities e ainda pela baixa base de comparação no ano anterior, que ainda sofreu os reflexos da crise mundial. A avaliação é do gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo.

Em relação ao Paraná, o secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, considera que o resultado demonstra a força da economia do Estado e a sua recuperação depois da crise de 2009. “Vamos avançar mais com o programa Paraná Competitivo, que fortalecerá as empresas aqui instaladas e tornará o Estado competitivo para receber investimentos nacionais e internacionais”, salienta. Ricardo explica que o Paraná Competitivo reúne ações nas áreas fiscal, de comércio exterior, infraestrutura, meio ambiente, qualificação profissional e outras. “Estamos analisando diversos pontos que são decisivos para a atração de empreendimentos”, informou.

Para Luiz Gustavo de Carvalho, coordenador regional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), a demanda do mercado interno e do mercado internacional tem motivado as indústrias de base e, consequentemente, melhorado os índices. “O aumento da renda e a oferta de crédito no mercado interno, e a retomada das exportações colaboraram para elevar os resultados”, comenta. Segundo ele, embora o índice seja positivo, as pequenas e médias indústrias vêm enfrentando dificuldades para exportação e também no mercado interno. “Com a valorização do real perante o dólar, as importações acabam tornando os produtos brasileiros menos competitivos”, diz.

Dentre os setores com resultado positivo destacam-se veículos automotores (57,6%), mobiliário (28%), edição e impressão (26,7%), máquinas e equipamentos (24,5%), produtos de metal (21,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,9%), bebidas (10,6%), madeira (10%), alimentos (8,3%), celulose, papel e produtos de papel (5,3%), borrachas e plásticos (5,3%), e minerais não metálicos (5,2%). Os setores com resultado negativo foram refino de petróleo e álcool (-8,4%) e outros produtos químicos (-14,0%).

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