Pelo menos 536 pessoas morreram desde o final de março em confrontos no Oeste da Costa do Marfim, dos quais a maioria na cidade de Duékué, indicou hoje o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos.
As nossas equipes de investigação no Oeste foram reforçadas ( ), até agora registramos que 536 pessoas foram mortas no Oeste do país, explicou Ravina Shamdasani, porta-voz da organização.
De acordo com Shamdasani, mortes vêm ocorrendo desde a última semana de março. A maioria das vítimas morreu em Duékué, adiantou, indicando que corpos também foram encontrados em Guiglo e em Bloléquin.
O último balanço da ONU, anunciado na segunda-feira, apontava para pelo menos 800 mortos em todo o país desde dezembro de 2010, dos quais metade em Abidjan.
Shamdasani reiterou a importância para a ONU da realização de investigações independentes e de julgamentos dos responsáveis pelas mortes.
Um dia depois da detenção do atual presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, após semanas de crise política, que mergulharam o país no caos, as agências da ONU advertiram que a urgência por ajuda humanitária irá perdurar ainda por muito tempo.