DEBATE Maurício Silva, presidente da Câmara, apoia discussão, mas não garante data para segunda votação
O Conselho de Entidades de Ponta Grossa fará hoje uma nova tentativa de ampliar o debate em torno do aumento no número de vereadores, aprovado em primeira discussão na semana passada. Será encaminhado aos parlamentares um convite para realização de uma plenária a respeito do assunto, na qual toda a comunidade poderá debater e emitir suas opiniões a respeito do projeto que eleva de 15 para 23 o número de cadeiras a partir da próxima legislatura.
A sugestão para que fosse feita essa plenária foi apresentada ao presidente da Câmara Municipal, vereador Maurício Silva (PSB), durante reunião na Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg). Porém, antes que o evento pudesse ser organizado, os vereadores aprovaram o projeto para criação de novas vagas. Insatisfeitas com o procedimento dos parlamentares, entidades lançaram uma campanha incentivando a população a se manifestar sobre o aumento.
O anúncio da nova tentativa foi feita pelo presidente da Acipg, Márcio Pauliki, que encaminhará hoje aos vereadores o convite para a plenária.
A data ainda não foi definida, mas será após o feriado da Páscoa e terá como palco o auditório da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Mais do que discutir o tema proposto, o principal objetivo é dar voz à participação popular nas decisões que influenciam nossa sociedade. Entendemos que fazer política não é algo exclusivo para nossos políticos, explica.
Por conta da possibilidade de acontecer a plenária, as entidades irão solicitar que o projeto não seja votado em segunda discussão na próxima segunda-feira. O presidente da Câmara informou que o prazo de dez dias após a primeira votação se encerra na próxima quinta-feira. Mas devido ao feriado, a pauta será elaborada amanhã, quando ainda não será possível incluir o projeto. Ele poderá ser votado na segunda-feira apenas se alguém solicitar, observou Maurício.
Diante dessa possibilidade, o presidente diz não poder assegurar que a matéria não seja votada nessa data. Apesar disso, ele garante não ter nenhuma objeção à proposta das entidades em realizar a plenária. Eu já havia dito anteriormente que não haveria problema nenhum e que participaria da discussão. Mas se algum vereador solicitar e o plenário aprovar, não posso impedir que o projeto seja votado, ressaltou.