AJUSTES Carlos de Mario, presidente do Conselho de Transportes, vai discutir mudanças com vereadores
Diante da possibilidade de retirada do projeto que estabelece tarifas diferenciadas no transporte coletivo, o Conselho Municipal de Transporte (CMT) vai propor à Câmara Municipal algumas alterações no texto. Entre as mudanças estudadas estão a redução no percentual de acréscimo para quem pagar a passagem em dinheiro e um prazo maior para os usuários se adaptarem. Na próxima semana, representantes do conselho vão se reunir com vereadores para discutir a proposta.
O projeto em trâmite no Legislativo estabelece que a passagem irá custar até 20% mais caro para quem pagar em dinheiro. O valor normal (atualmente de R$ 2,40) permanecerá para os passageiros que utilizarem o sistema de bilhetagem eletrônica. Segundo o governo municipal, a proposta tem por objetivo incentivar o uso da bilhetagem eletrônica, o que proporcionaria maior agilidade e segurança ao sistema. Após a reação negativa dos vereadores, no entanto, o prefeito Pedro Wosgrau Filho (PSDB) cogitou solicitar a retirada do projeto.
Preocupado com o que classifica como uma interpretação equivocada da proposta, o presidente do CMT, Carlos de Mario, procurou ontem o presidente da Câmara, vereador Maurício Silva (PSB). Ficou agendada para a próxima terça-feira uma reunião, da qual também participarão os vereadores Alysson Zampieri (PPS) e Júlio Küller (PPS), presidentes das comissões de Justiça e Finanças, respectivamente. Até lá o projeto permanece em stand by, informou Maurício.
Segundo de Mario, a proposta foi levada ao Executivo pelo Conselho de Transportes, com a preocupação não apenas de melhorar a segurança nos veículos. Não é apenas o fato de fazer circular menos dinheiro nos ônibus. Com o maior uso da bilhetagem eletrônica, vamos reduzir os custos do sistema e, consequentemente, será possível manter por mais tempo o valor atual da tarifa, argumenta.
Para tentar mudar a ideia dos vereadores, o presidente do CMT vai propor algumas mudanças no projeto. Uma delas é o percentual a maior para quem pagar a tarifa em dinheiro. O projeto fala em 20%, mas podemos baixar para 10%. Não vai nem chegar a isso, assegura, citando como R$ 2,50 o possível valor da passagem. Além disso, ele sugere o estabelecimento de um prazo para valer a lei. Podemos dar 90 ou 120 dias para que a população se adapte à mudança.