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2007 Elma Romanó é suspeita de envolvimento com quadrilha |
O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) deu início, ontem, à oitiva de pessoas relacionadas ao caso Elma Romanó, ex-diretora do órgão ambiental, suspeita de envolvimento com uma quadrilha que fazia compra e venda de autorizações irregulares para corte e venda de araucárias, em 2007. Os nomes das pessoas que deram os depoimentos não foram divulgados pelo IAP.
De acordo com a assessoria de imprensa do IAP, sindicância interna do IAP, realizada na época, apontou para a necessidade de realização de processo administrativo, que objetiva recolher detalhes mais aprofundados sobre o possível esquema de corrupção. Quando se trata de um processo administrativo, o IAP não pode se manifestar antecipadamente à conclusão do processo e, nem mesmo, divulgar o nome das pessoas que estão sendo ouvidas. Até porque os depoimentos podem não ser de pessoas envolvidas no caso de suspeita de corrupção, mas de servidores que conviveram com a ex-diretora do IAP, explica a assessoria.
O processo administrativo funciona da seguinte forma: primeiro levantam-se os dados, com o objetivo de gerar um relatório conclusivo. O documento é encaminhado ao presidente do IAP que, por sua vez, dá o parecer final sobre o caso. Se comprovado o esquema de corrupção, o processo administrativo pode culminar em suspensão de salário, perda do cargo ou da aposentadoria, quando o servidor é funcionário concursado. Elma Romanó é funcionária de carreira do IAP. Não há prazo de término do processo.
Entenda o caso
Através da Operação Floresta Negra realizada em conjunto entre o Centro de Operações Policiais Especiais e o IAP – oito mandados de prisão foram cumpridos em 2007, além da ex-diretora do IAP em Ponta Grossa, Elma Romano.
Por conta das acusações, Elma foi presa por período curto de tempo e chegou a ser hospitalizada em decorrência de crise nervosa. A assessoria de imprensa do IAP não soube informar se ela ainda ocupa algum cargo dentro do órgão. Além do processo administrativo interno, o caso também está em trâmite na esfera judicial.
Segundo informações do IAP, na época, o esquema funcionava da seguinte forma: funcionários do órgão estariam recebendo propina para liberar licenças de desmatamento. Por sua vez, os madeireiros pagavam pela autorização do corte de árvores.