O Gabinete de Gestão Integrada de Segurança Pública (GGI) do Governo do Estado reuniu-se nesta terça-feira (3) para discutir estratégias para evitar que quadrilhas tenham acesso a artefatos explosivos como a dinamite utilizada em assaltos a caixas eletrônicos. O encontro aconteceu no comando da 5ª Região Militar do Exército, em Curitiba, e marcou a instalação de uma câmara temática para debater a industrialização, transporte e comércio de explosivos.
A dinamite é um produto que serve para explodir pedreiras, mas também está sendo utilizado para a prática criminosa. Essa primeira reunião foi fundamental para o trabalho de inteligência que está acabando com essas quadrilhas no Paraná, disse o secretário da Segurança Pública e coordenador do GGI, Reinaldo de Almeida Cesar.
O secretário também destacou os resultados alcançados pelo órgão na fronteira e a importância do trabalho conjunto para a melhoria dos indicadores da segurança pública. Para assegurar a ordem e a paz social, é necessária a integração e sinergia das forças armadas e policiais. É nesse pilar que o GGI está fundamentado, afirmou. Nos três primeiros meses deste ano, uma força tarefa das polícias Militar e Civil prendeu cerca de 20 suspeitos de explodir caixas eletrônicos no Paraná e apreendeu cerca de 77 bananas de dinamite (suficientes para destruir entre 15 a 20 equipamentos bancários). Nesta terça-feira, o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prendeu mais três pessoas suspeitas de explodirem caixas em Curitiba.
A licença de compra, venda, utilização e transporte de explosivos é concedida pelo Exército. Durante a reunião, foram apresentadas sugestões para a mudança da legislação de fiscalização de produtos controlados. Precisamos de uma legislação com mais rigor e que regulamente questões como a escolta para empresas que transportam explosivos. Essa reunião se concentrou neste tema, explicou o general Willian Soares, comandante da quinta região.
Além de representantes da Secretaria de Segurança e do Exército, participaram do encontro membros da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Receita Federal, Receita Estadual, Defesa Civil e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).