O boletim epidemiológico semanal sobre a dengue publicado, na terça-feira (14), pela Secretaria da Saúde do Paraná registra 6.068 casos confirmados da doença no estado. São 725 novos casos, com aumento de 13,57%. O número de municípios em situação de epidemia passou de 15 para 22.
"O Governo do Estado está em alerta geral para a dengue. Reunimos, na semana passada, o Comitê Intersetorial da Dengue no Paraná que já iniciou a implementação de medidas de combate e controle nos municípios por meio de regionais de todas as secretarias estaduais; outros órgãos públicos também estão envolvidos e entidades representativas da comunidade, como Conselhos Municipais de Saúde, associações de bairros e igrejas, estão sendo convidadas para entrar nesta luta contra o mosquito transmissor da dengue", afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, que ainda chamou atenção para os focos do mosquito.
"Nosso objetivo é levar a informação de que é fundamental, neste momento, uma mudança de atitude em relação à doença: quase 80% dos criadouros estão nos ambientes domiciliares e são removíveis. Precisamos da participação da sociedade para a eliminação destes focos. A dengue mata e todos estamos sujeitos a ela", complementou.
Dengue mata
O médico Enéas Cordeiro de Souza Filho, da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa explica que vários fatores podem levar ao agravamento da dengue. Entre eles, a ação do vírus atingindo o sistema nervoso central, com diminuição da função do coração, infiltrando água nos pulmões, com insuficiência respiratória grave e hemorragias.
"Existe também o mecanismo de ação chamado de imunológico, que pode acontecer entre o quarto, quinto dia de contaminação, onde o próprio corpo tenta fazer a reação de defesa e age de forma exacerbada, provocando perda de líquido em cavidades abdominais e diminuição de pressão arterial, podendo levar a pessoa a choque e óbito, caso não seja feita uma intervenção médica adequada", explica.